O que são as carnes processadas?
As carnes processadas são carnes modificadas com a finalidade de alterar o sabor e/ou aumentar o tempo de armazenamento. Entre as modificações que podem ser feitas, estão defumação, adição de sal e conservantes, fermentação, secagem, entre outras. Como exemplo de carne processadas, podemos citar: bacon, toucinho, salsichas, salame, linguiças, presuntos, carnes enlatadas, molhos à base de carne, entre outros produtos.
Pode causar câncer?
De acordo com a IARC (Agência Internacional de Pesquisa em Câncer), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), sim, carnes processadas são cancerígenas. Uma avaliação dos riscos do consumo de carne vermelha e processada concluiu e classificou as carnes processadas como carcinogênicas para humanos (grupo 1). Produtos como tabaco, álcool e amianto estão localizados no mesmo grupo de risco.
As evidências são suficientes para afirmar que o consumo desse tipo de alimento provoca câncer colorretal.
A ingestão diária de uma porção de 50 gramas de carne processada aumenta o risco de câncer colorretal em 18%, segundo especialistas da Iarc que realizaram a avaliação. Além disso, o risco aumenta com a quantia de carne consumida
A carne processada aumenta os índices, principalmente, de câncer colorretal, que atinge o cólon, reto ou canal anal. Entretanto, esses alimentos também aumentam o risco de surgimento de câncer de estômago.
O que significa a classificação da OMS?
A OMS classifica agentes cancerígenos em cinco grupos:
- Grupo 1 – cancerígeno para humanos;
- Grupo 2A – provavelmente cancerígenos para humanos;
- Grupo 2B – possivelmente cancerígenos para humanos;
- Grupo 3 – não classificável;
- Grupo 4 – provavelmente não cancerígeno.
As carnes processadas foram incluídas no primeiro grupo, já que evidências científicas mostram que elas definitivamente causam câncer.
Isso não significa, no entanto, que todos os agentes do grupo 1, no qual estão também o tabaco, o plutônio e o álcool, são igualmente perigosos.
Carnes vermelhas estão no grupo 2A, porque a OMS diz que as evidências ainda são insuficientes para classificá-las de outra forma.
Em suma, enfatiza-se que, de acordo com metanálises, há associações indicando que a ingestão de carne vermelha e ultraprocessada esteja associada com 28% a 49% de aumento do risco para desenvolvimento de câncer colorretal, sendo de extrema importância um planejamento dietético para pessoas que tenham o hábito de consumi-las com frequência.
Portanto, uma alimentação equilibrada, natural e livre de conservantes, é sempre a melhor opção para uma vida saudável. Lembrando que procurar e seguir as orientações de um nutrólogo ou do seu médico de confiança é muito importante!
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS), incluiu o aspartame no grupo de substâncias “possivelmente cancerígenas”. A organização, no entanto, destaca que as evidências são limitadas, e que o limite de ingestão diária de 40 mg por kg continua a ser seguro.
Essa inclusão pode pegar muitas pessoas de surpresa, já que o adoçante artificial é um dos mais utilizados em casa e em alimentos “zero açúcar” ou “diets”, como refrigerantes e sucos. Porém, a entrada de um item do cotidiano nessa classificação não é incomum.
Desde 2018, por exemplo, a carne vermelha, consumida quase diariamente por diversos brasileiros, faz parte do grupo 2A da classificação, ou seja, é considerada “provavelmente cancerígena”, um nível acima daquele do aspartame, o 2B.
Fazem parte do grupo 1, quando são produtos que comprovadamente causam câncer, é o caso das bebidas alcoólicas e do cigarro.
Confira agentes com potencial cancerígeno segundo a OMS:
Extrato de folha inteira de Aloe Vera
Faz parte do grupo 2B, ou seja, é “possivelmente cancerígeno”, desde 2016. Um estudo mostrou que ratos que consumiram água enriquecida com a planta tiveram maior risco de desenvolver câncer de intestino grosso. Não há evidências sólidas para humanos.
Bebidas quentes
Desde 2018, bebidas muito quentes, com temperaturas acima de 65 °C, são parte do grupo 2A, de agentes “provavelmente cancerígenos”. Uma associação foi observada especialmente em relação ao câncer de esôfago, porém não de forma consistente a ponto de ser considerado comprovadamente causador de câncer.
Álcool
As bebidas alcoólicas fazem parte do grupo 1, ou seja, são também comprovadamente causadoras de câncer. Segundo a OMS, há uma relação com ao menos sete tipos de tumores, como os de intestino e de mama. A organização estima que 4% dos diagnósticos oncológicos no mundo a cada ano são atribuíveis ao álcool.