Theatro Municipal tem programação especial para celebrar centenário da Semana de Arte Moderna de 1922

Entre os dias 10 e 17 de fevereiro o Theatro Municipal, no Centro da capital, terá programação especial com shows, saraus e expedições.

Fachada do Theatro Municipal de São Paulo

Em comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, o Theatro Municipal, no Centro de São Paulo, preparou uma programação especial em homenagem ao movimento que deu um pontapé na valorização da arte brasileira.

Realizada no Theatro Municipal, a Semana de Arte Moderna durou apenas três dias e contou com a participação dos maiores artistas brasileiros daquela época, como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Menotti Del Picchia, Victor Brecheret, Heitor Villa-Lobos, Graça Aranha e Di Cavalcanti (leia mais abaixo).

Em homenagem ao evento, o Theatro Municipal terá, entre os dias 10 e 17 de fevereiro, uma programação especial com shows, saraus, expedições e diversas atividades, com apresentações de Orquestra Sinfônica Municipal, Coral Paulistano, Quarteto de Cordas e o Balé da Cidade.

Cartaz criado por Di Cavalcanti para simbolizar a Semana de Arte Moderna de 1922, em SP. — Foto: Reprodução

Programação

10 de fevereiro

  • Instalação artística Recostura, da artivista Chris Tigra, na fachada principal do Theatro até dia 10 de março, às 15h;
  • Ciclo de encontros, com a mesa Faltas, Fendas e Forças da Semana de 22, às 16h;
  • Apresentação do Coral Paulistano, trazendo um repertório de Música Coral Brasileira, sob a regência de Maíra Ferreira, às 19h.

11 de fevereiro

  • Show de Dona Onete e do DJ Ju Salty, na Praça das Artes, às 20h.

12 de fevereiro

  • Expedição Modernista, inspirada na Missão de Pesquisas de Mário de Andrade. Nela, os participantes caminharão pelo Centro fazendo paradas em três equipamentos culturais: Casa da Imagem, Biblioteca Mário de Andrade e Theatro Municipal;
  • Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo apresenta o programa completo de Heitor Villa-Lobos. Villa Total: parte I, às 16h30;
  • Peça de teatro “Fortes e Vingativos como Jaboti”, às 19h;
  • Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, com programa completo de Heitor Villa-Lobos. Villa Total: parte II, às 20h.

13 de fevereiro

  • Orquestra Experimental de Repertório apresenta “Sinfonias Fantásticas II” para celebrar o centenário com obras de Gnatalli e Villa-Lobos, com regência de Jamil Maluf e participação especial de Daniel Murray, às 11h;
  • Segunda apresentação da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, com programa completo de Heitor Villa-Lobos. Villa Total: parte I, às 16h30;
  • Peça de teatro “Infância” às 19h;
  • Segunda apresentação da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, com programa completo de Heitor Villa-Lobos. Villa Total: parte II, às 20h.

14 de fevereiro

  • Mesa redonda “A Semana de 22 e a Música”, às 16h;
  • Sarau “Novos 22” às 19h.

15 de fevereiro

  • Mesa redonda “Modernismo: Contradição, Transgressões e Continuidades”, às 16h;
  • “Esta Noite se Improvisa!”: espetáculo com dança, teatro, poesia e discotecagem na Praça das Artes, às 19h.

16 de fevereiro

  • Mesa redonda “Vestígios da Semana de 22 no Acervo do Theatro Municipal”;
  • Quarteto da Cidade, criado pelo próprio Mário de Andrade, apresenta o programa “Identidade Brasileira”, interpretando Quarteto de cordas nº 3, de Villa-Lobos, e Quarteto nº 2, de Camargo Guarnieri, às 19h;
  • Balé da Cidade apresenta “Muyrakitã” e “Isso dá um baile”, às 20h.

17 de fevereiro

  • Mesa redonda “Tombando 22”, às 16h;
  • Quarteto da Cidade, criado pelo próprio Mário de Andrade, apresenta o programa Identidade Brasileira, interpretando Quarteto de cordas nº 3, de Villa-Lobos, e Quarteto nº 2, de Camargo Guarnieri às 19h;
  • Balé da Cidade apresenta “Muyrakitã'” e “Isso dá um baile”, às 20h.

Semana da Arte de 1922

Comissão organizadora da ‘Semana de Arte Moderna de 1922’, em SP. Entre eles, Manuel Bandeira, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, que aparece em primeiro plano. — Foto: Reprodução/TV Brasil

Iniciada no Theatro Municipal de São Paulo em 13 de fevereiro de 1922, a Semana de Arte Moderna declarou o rompimento com o tradicionalismo cultural associado às correntes literárias e artísticas anteriores.

O manifesto artístico-cultural reuniu diversas apresentações de dança, música, recital de poesias, exposição de obras – pintura e escultura – e palestras.

Inspirados nas vanguardas europeias como o Dadaísmo, o Futurismo e o Cubismo, os artistas expuseram pinturas com cores quentes e tropicais, que apresentavam figuras humanas distorcidas, quebrando com a simetria e as devidas proporções dos padrões artísticos reverenciados pela Academia Brasileira de Belas Artes da época.

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