Três dos principais dirigentes da facção têm 11 bilhões de dólares em conta e frequentam os hotéis e clubes mais exclusivos de Doha
Líderes da facção islâmica Hamas ostentam uma vida de luxo em Doha, no Catar, onde o grupo tem uma representação política, e na Turquia, como mostram investigações conduzidas por Israel.
O grupo é responsável por administrar a Faixa de Gaza, território palestino em que 50% da população vive em insegurança alimentar e 90% não têm acesso à água potável.
Acredita-se que uma das bases de operações do Hamas é o hotel Four Seasons, que tem diárias na casa dos 900 dólares.
Em 2015, um de seus líderes deu uma entrevista coletiva no salão de baile do hotel, onde continuou a ser visto com frequência desde então.
O governo americano impôs sanções a figurões do grupo, mas o grande número de empresas de fachada e manobras financeiras fizeram do Hamas uma das organizações terroristas mais ricas do mundo.
“É realmente chocante a quantidade de dinheiro que esses terroristas conseguiram amealhar”, afirma Jonathan Schanzer, vice-presidente da ONG The Foundation for Defense of Democracies, de Washington.
“Não há qualquer responsabilização. Países que não punem os terroristas acabam se tornando patrocin
terríveis”, prossegue Schanzer.
Mas o Catar também abriga a maior base militar dos Estados Unidos no Oriente Médio.
Localizada a 30 quilômetros de Doha, a base aérea de Al Udeid tem 11.000 soldados americanos e capacidade para acomodar 120 aeronaves.
Diante da passividade do governo do Catar em relação ao Hamas, políticos dos Estados Unidos, como o deputado republicano Andy Ogles, do Tennessee, vêm pressionando para que Washington retire do
emirado o status de aliado-chave dos americanos.
A condição só seria restabelecida quando o Catar expulsar os terroristas islâmicos.