A rede de Saúde Pública Aparecidense atende à demanda local auxiliando no fluxo dos dois grandes hospitais, destinados ao atendimento de alta complexidade de pessoas de todo o Estado
O secretário municipal de Saúde de Aparecida, Alessandro Magalhães, e o superintendente de Atenção à Saúde, Gustavo Assunção, participaram, na manhã desta quinta-feira, 9 de novembro, da coletiva de imprensa para tratar do processo de reorganização de urgências dos hospitais estaduais da Criança e do Adolescente (Hecad) e Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). O evento foi realizado na sede da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), no Parque Santa Cruz, em Goiânia, com a presença do secretário da pasta, Sérgio Vencio.
No evento, Sérgio Vencio anunciou, ainda em caráter educativo, para orientar a imprensa e os gestores, que os dois hospitais estaduais vão deixar, gradativamente e de forma planejada e acompanhada, de atender a pacientes que não sejam considerados graves e que procuram as unidades por demanda espontânea – Sem o devido encaminhamento pelos municípios de origem – principalmente nas áreas de clínica geral e pediatria.
A medida, segundo o secretário estadual, visa manter o perfil e aprimorar os atendimentos desses hospitais, que são de alta complexidade e têm sofrido sobrecarga de pacientes de todo o Estado que poderiam ser atendidos em unidades ambulatoriais e de urgências de baixa e média complexidade, como as UBS’s, as UPA’s e os CAIS’s. Ele ainda pediu o apoio da imprensa para que contribua com essa reorganização orientando as pessoas a buscar atendimentos para casos mais simples e não urgentes na rede de atenção primária.
“A população não ficará sem atendimento, mas é preciso ser orientada pelos municípios de origem sobre as unidades de saúde mais próximas de suas casas para fazer os primeiros atendimentos. Aí, se necessário, esses pacientes serão encaminhados para os Hospitais de alta complexidade”, destacou Sérgio Vencio, que frisou que a desorganização do sistema compromete o fluxo do Hugol e do Hecad, que são referência para casos graves dos 246 municípios goianos e não podem ser utilizados como pronto-socorro. No evento, ele ressaltou o trabalho da Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida (SMS) na atenção eficiente prestada à comunidade local.
Aparecida: rede estruturada
Nesse sentido, o secretário Alessandro Magalhães salientou que “na nossa rede assistencial de Aparecida temos 5 unidades de urgências: Três UPA’s e dois CAIS’s. Cada uma delas trabalha com dois ou três médicos atendendo apenas na área de pediatria, e em média atendemos 400 crianças diariamente. De janeiro a outubro deste ano atendemos, nas urgências, 130 mil meninas e meninos no município. Além disso, temos 99 equipes fazendo a atenção primária às crianças. ”
O gestor acrescentou que a rede de Aparecida está estruturada e que já tem conversado a respeito da reorganização do fluxo de pacientes com o secretário estadual há quase 10 meses. “Até fizemos um plano piloto do Hecad com a UPA Flamboyant, nossa unidade mais próxima do Hospital, para verificar esse fluxo. Aparecida está pronta para o processo de regulação da porta de entrada tanto do Hecad quanto do Hugol”, enfatizou ele.
O superintendente Gustavo Assunção reforçou as palavras do secretário: “Aparecida participa ativamente desse projeto de reorganização. Nossa rede de urgência e emergência está preparada e atua em permanente aprimoramento para atender à população com eficiência e cuidado. ”
A coletiva também reuniu gestores e representantes das demais cidades que participam do processo de reorganização: Goiânia, Trindade, Senador Canedo, Goianira e Inhumas. Também estava presente a presidenta do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (COSEMS/GO), Patrícia Fleury.