Redução da violência em Goiás foi destaque na programação do II Encontro do Grupo Liberdade e Democracia, que reúne, na Argentina, mais de 200 líderes políticos
Segurança pública eficiente é uma forma de garantir direitos básicos das sociedades democráticas, como o de ir e vir, a defesa da integridade física e do patrimônio. Essa foi a tônica da participação do governador Ronaldo Caiado, nesta sexta-feira (22/09), no II Encontro do Grupo Liberdade e Democracia, realizado na sede do Poder Legislativo da Argentina, em Buenos Aires.
Caiado participou de um dos painéis do evento, ao lado de representantes do México, Uruguai e Venezuela, e destacou a importância do diálogo e da discussão conjunta de medidas para fortalecer as democracias locais. “Democracia e liberdade são faces da mesma moeda, mas são frágeis e podem ser utilizadas pelo populismo, que escravizam a estrutura do regime democrático”, disse.
Nesse sentido, defendeu que ações em segurança contribuem para a atuação do Estado Democrático de Direito e para o controle do narcotráfico, um dos principais problemas atuais enfrentados na América Latina. Utilizando Goiás como exemplo, Caiado afirmou que tem trabalhado com firmeza para impedir a infiltração do crime nas estruturas de poder: “O cidadão tem trânsito livre em Goiás. O Estado ocupa todas as estruturas, não tem um palmo sob controle de traficantes”.
Entre as medidas adotadas, o governador de Goiás citou a vigilância nas penitenciárias, o fim das visitas íntimas para detentos, o policiamento no campo e o emprego de efetivo para coibir assaltos a bancos – Goiás não registra nenhum crime do tipo desde 2019.
O evento reúne mais de 200 dirigentes de diferentes países. Caiado foi convidado a falar no painel “Como combater o populismo cultural e fortalecer uma narrativa de liberdade”, que teve mediação do ex-ministro secretário-geral do Governo do Chile, Jaime Bellolio.
Outros participantes
Durante o Encontro, o presidente do Equador, Guillermo Lasso, endossou o discurso de austeridade. “O narcotráfico tem avançado com maior rapidez do que as leis e as medidas para o combater. Deve ser enfrentado com precisão e sem ambiguidades”, salientou.
Já a líder da oposição venezuelana, a ex-deputada María Corina Machado, destacou efeitos negativos do populismo. “A Venezuela recebia cidadãos de todo o mundo, mas hoje quase 8 milhões de venezuelanos migraram e estão espalhados”, contextualizou. “São esses fatos que fizeram a Venezuela despertar e os venezuelanos entenderem que o socialismo e o populismo representam miséria, humilhação e separação familiar”, discursou.
O ex-presidente da Argentina e anfitrião, Maurício Macri, reforçou a importância do evento para que as lideranças possam alinhar objetivos comuns: “Toda a sociedade civil e todo o mundo empresarial têm de participar deste debate, criar uma narrativa que valoriza o empreendedorismo, o desenvolvimento pessoal, agindo em conjunto sem estar sujeito a este tipo de autocracias e a ideias destrutivas”.
Encontro
Com o tema “Uma nova narrativa para a mudança política”, o evento segue com programação até sábado (23/09) e conta com a participação de nomes de destaque na política da América do Sul, como o ex-presidente da Colômbia Iván Duque; o ex-presidente do México, Felipe Calderón; e o ex-presidente da Bolívia, Jorge Quiroga. Do Brasil, também integraram a programação o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do senador pelo estado do Paraná, Sergio Moro.