Casos de dengue em Goiânia têm aumento de 924% em janeiro

Região Noroeste é a que mais preocupa as autoridades de saúde da capital, com incidência de 309 casos a cada 100 mil habitantes.

O número de casos de dengue em Goiânia voltou a subir. Em janeiro deste ano o aumento foi de 924,2% comparado ao mesmo período de 2021. Até nesta quarta-feira, 02/02, foram registrados 3,7 mil casos na capital.

A chikungunya contaminou 19 pessoas em janeiro deste ano, além de ter tido crescimento em 2021 com 93 casos. Dados do boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, divulgado nesta quinta-feira, 03/02, essas doenças tinham diminuído nos últimos anos.

De acordo com a diretora de Vigilância Epidemiológica, Grécia Pessoni, quando se trata de dengue, os tipos de maior infecção são o DENV-1 e o DENV-2, sendo o 2 considerado mais agressivo.

A diretora também explicou que já era previsto o aumento do número de casos em 2022. Segundo dados do Índice de Infecção Predial (IIP), responsável por verificar a segurança dos imóveis da cidade, o número ficou em 4,4% em Goiânia, considerado alto risco de infestação de mosquitos, afinal o ideal é que esse índice fique abaixo de 1%.

O aumento de casos também está relacionado , segundo Grécia Pessoni, com o elevado nível de chuvas que atingem Goiás. Sem falar que Goiânia é afetada com mais concentração de água parada nas residências que ocasionam nos criadouros do Aedes Aegypti.

A região da capital que foi mais afetada pela dengue é a Noroeste. Conforme consta no boletim, a incidência de casos no local é de 309 a cada 100 mil habitantes. Em janeiro do ano passado era de 31,7. Referente ao IIP, a taxa é de 5%. A infestação da dengue é maior na região, segundo Grécia, porque é grande a concentração de casas e quintais. Dentre 11 extratos sanitários, 7 são considerados de alto risco.

Após a região Noroeste, os casos de dengue estão mais presentes nos distritos sanitários: Sul, Sudoeste, Campinas/Centro, Oeste, Leste e Norte. Em relação a chikungunya, a região que tem mais números de casos é a Sudoeste.

Além disso, de acordo com o último Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa), os principais criadouros do mosquito, ocupando o primeiro lugar com 39,42%, são: recipientes plásticos, garrafas, latas e sucatas em pátios. 

Em segundo lugar, com 20,92% dos casos, estão: tambores, tonéis, caixas d’água no solo, poço e cisterna. Já em terceiro lugar, com 18,9%, está: vasos de plantas, frascos com água, vaso sanitário, pingadeiras, pratos de vasos de plantas e recipientes de degelo das geladeiras.

Casos de Covid-19 passa 4 mil em Goiás 

A média móvel de casos de Covid-19 em Goiás em 2021 foi de 454,86, sendo registrados no dia 422 novos casos, representando um aumento no número de casos desde o dia 19 de dezembro, quando o índice era de 58,71.

Porém, o mês de janeiro de 2022 insistiu uma nova onda de contaminação, com a maior média móvel registrada na história, registrando uma média móvel de 4.392,86, com 1.778 novos no dia 31. Dessa forma, o número total é de 865,76% a mais do registrado em dezembro de 2021.

Os dados referentes a média móvel são calculados pela plataforma Covid Goiás, do Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa), com base nos registros da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO).

Apesar do recorde de registro de número de casos, especialistas acreditam que o pico desta nova onda da pandemia de Covid-19 ainda deve acontecer. A previsão é de que isso ocorra em até duas semanas. 

O secretário de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), Ismael Alexandrino, acredita que os dados estão mesmo em crescimento e que essa tendência continuará até a segunda ou terceira semana de fevereiro. “Depois deve ter uma estabilização e só depois uma queda. Mas ainda vamos continuar subindo por um tempo”, afirma.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *